Os economistas, filósofos e socialistas alemães Karl Marx e Frederich Engels tem, pela primeira vez, suas idéias lançadas em poemas de cordel pelo poeta popular cearense Antônio Queiroz de França.
Em 1844, Marx conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados.
Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto "O Manifesto Comunista", primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Agora sua versão em cordel contitui-se em um marco na Literatura Brasileira.
O lançamento é da Editora Tupynanquim, do Ceará, em parceria com a Associação dos Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará - Aestrofe. "O Manifesto Comunista em Cordel" está sendo lançado, neste momento, na Bienal do Livro de Natal, Rio Grande do Norte, que termina nesta sexta-feira.
Antônio Queiroz de França nasceu no dia 22 de junho de 1948 em Jaguaretama (Ceará), é autodidata e mora em Maracanaú (Ceará) desde 1972.
Em 2003, teve um cordel de sua autoria classificado no II Concurso Paulista de Literatura de Cordel.
É um dos diretores da Sopoema - Sociedade dos Poetas e Escritores e Folheteiros do Estado do Ceará.
Além deste folheto, já publicou os seguintes títulos: "Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos" (em parceria com o poeta Rouxinol do Rinaré), "A História da Heroína Olga Benário", "Luiz Carlos Prestes - O Cavaleiro da Esperança", "As aventuras do guerrilheiro Che Guevara", dentre outros.
Trechos de "O Manifesto Comunista em Cordel":
Pensadores, sociólogos,
Cientistas sociaisi
Preocupem-se com o Homem
Este "rei dos animais"
Que cultiva o egoísmo,
Da ética não lembra mais.
Devido à desigualdade
Estudam a economia
E chegaram à conclusão
Que a poucos privilegia
Sem o mínimo pra ter vida
Sofre a grande maioria.
Fizeram a divisão
Após "estudos profundos":
"Primeiro mundo" dos ricos,
"Terceiro" dos moribundos.
Os pobres escravizados
Por burgueses dos dois mundos.
Um grande gênio alemão
E um outro camarada
Prepararam uma tese
Da humanidade estudada
E descobriram a causa
Da fome verificada.
Foi de Karl Marx e Engels
A grande ação humanista
Quando lançaram ao mundo
O Manifesto Comunista,
Dizendo que nosso grito
Necessita ser conquista.
Em mil e oitocentos e
Quarenta e sete emitiram
Na liga dos comunistas
Em congresso decidiram,
O Manifesto dos pobres
Marx e Engels redigiram.
Feito de forma eclética
Une anticapitalistas
Da grande Liga Operária
Os quais eram comunistas
Que faziam um consenso
Com os irmãos anarquistas.
Quando a vida virou luxo
Neste tal Planeta Terra
Onde poucos vivem bem.
Pra se manter fazem guerra
Sobre muitos que produzem
Nova escravidão se encerra.
Gera insensibilidade
Em todos desde a infância:
Nos ricos por vaidade,
É causada por ganância;
Nos pobres pela miséria,
A causa é ignorância.
Sobre os nossos ombros pesa
A responsabilidade
Entre o nosso segmento
Com solidariedade.
O Partido Comunista
Já começa a progredir
E os vários movimentos
Resolveram se unir,
Para vil exploração,
Neste planeta, abolir.
Várias correntes de idéias,
Movimentos Sociais,
Havia, entre operários
E entre intelectuais.
Depois deste Manifesto
Tornaram-se consensuais.
O movimento operário
Chamava-se comunista,
Dos intelectuais
Era o socialista.
Afora outro que havia
Chamado de anarquista.
Dizem no Manifesto
Que existia um fantasma
Rondando toda a Europa
(De medo o Estado pasma),
Que prometia dá fim,
Entre nós, num cataplasma.
Karl Marx conclama a todos
Para entrarem em ação
Unindo os trabalhadores
Sem destinção de nação
Para o fantasma passar
Á materialização.
[...]
Queremos, nós comunistas
É promover o respeito
Pondo fim na hipocrisia,
Irmandade é o nosso pleito,
Nas relações sociais,
Terá um novo conceito.
Inventaram que os comunistas
A pátria destruirão.
Operários não tem pátria
Vivendo em submissão,
Escravos da burguesia
Que domina com opressão.
Tomar o poder político
E ter a dominação,
Esse é o objetivo
Da nossa revolução.
Como somos maioria,
Somos a própria nação.
Todos os antagonismos
Não sobreviverão mais.
E o Estado socialista
Não tem marcos nacionais,
Nem as discriminações
De sexo e raciais.
[...]
O Manifesto Comunista
Em cordel
Antônio Queiroz de França
sábado, fevereiro 26, 2011
O MANIFESTO COMUNISTA EM CORDEL
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sábado, fevereiro 26, 2011
O MANIFESTO COMUNISTA EM CORDEL
Os economistas, filósofos e socialistas alemães Karl Marx e Frederich Engels tem, pela primeira vez, suas idéias lançadas em poemas de cordel pelo poeta popular cearense Antônio Queiroz de França.
Em 1844, Marx conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados.
Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto "O Manifesto Comunista", primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Agora sua versão em cordel contitui-se em um marco na Literatura Brasileira.
O lançamento é da Editora Tupynanquim, do Ceará, em parceria com a Associação dos Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará - Aestrofe. "O Manifesto Comunista em Cordel" está sendo lançado, neste momento, na Bienal do Livro de Natal, Rio Grande do Norte, que termina nesta sexta-feira.
Antônio Queiroz de França nasceu no dia 22 de junho de 1948 em Jaguaretama (Ceará), é autodidata e mora em Maracanaú (Ceará) desde 1972.
Em 2003, teve um cordel de sua autoria classificado no II Concurso Paulista de Literatura de Cordel.
É um dos diretores da Sopoema - Sociedade dos Poetas e Escritores e Folheteiros do Estado do Ceará.
Além deste folheto, já publicou os seguintes títulos: "Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos" (em parceria com o poeta Rouxinol do Rinaré), "A História da Heroína Olga Benário", "Luiz Carlos Prestes - O Cavaleiro da Esperança", "As aventuras do guerrilheiro Che Guevara", dentre outros.
Trechos de "O Manifesto Comunista em Cordel":
Pensadores, sociólogos,
Cientistas sociaisi
Preocupem-se com o Homem
Este "rei dos animais"
Que cultiva o egoísmo,
Da ética não lembra mais.
Devido à desigualdade
Estudam a economia
E chegaram à conclusão
Que a poucos privilegia
Sem o mínimo pra ter vida
Sofre a grande maioria.
Fizeram a divisão
Após "estudos profundos":
"Primeiro mundo" dos ricos,
"Terceiro" dos moribundos.
Os pobres escravizados
Por burgueses dos dois mundos.
Um grande gênio alemão
E um outro camarada
Prepararam uma tese
Da humanidade estudada
E descobriram a causa
Da fome verificada.
Foi de Karl Marx e Engels
A grande ação humanista
Quando lançaram ao mundo
O Manifesto Comunista,
Dizendo que nosso grito
Necessita ser conquista.
Em mil e oitocentos e
Quarenta e sete emitiram
Na liga dos comunistas
Em congresso decidiram,
O Manifesto dos pobres
Marx e Engels redigiram.
Feito de forma eclética
Une anticapitalistas
Da grande Liga Operária
Os quais eram comunistas
Que faziam um consenso
Com os irmãos anarquistas.
Quando a vida virou luxo
Neste tal Planeta Terra
Onde poucos vivem bem.
Pra se manter fazem guerra
Sobre muitos que produzem
Nova escravidão se encerra.
Gera insensibilidade
Em todos desde a infância:
Nos ricos por vaidade,
É causada por ganância;
Nos pobres pela miséria,
A causa é ignorância.
Sobre os nossos ombros pesa
A responsabilidade
Entre o nosso segmento
Com solidariedade.
O Partido Comunista
Já começa a progredir
E os vários movimentos
Resolveram se unir,
Para vil exploração,
Neste planeta, abolir.
Várias correntes de idéias,
Movimentos Sociais,
Havia, entre operários
E entre intelectuais.
Depois deste Manifesto
Tornaram-se consensuais.
O movimento operário
Chamava-se comunista,
Dos intelectuais
Era o socialista.
Afora outro que havia
Chamado de anarquista.
Dizem no Manifesto
Que existia um fantasma
Rondando toda a Europa
(De medo o Estado pasma),
Que prometia dá fim,
Entre nós, num cataplasma.
Karl Marx conclama a todos
Para entrarem em ação
Unindo os trabalhadores
Sem destinção de nação
Para o fantasma passar
Á materialização.
[...]
Queremos, nós comunistas
É promover o respeito
Pondo fim na hipocrisia,
Irmandade é o nosso pleito,
Nas relações sociais,
Terá um novo conceito.
Inventaram que os comunistas
A pátria destruirão.
Operários não tem pátria
Vivendo em submissão,
Escravos da burguesia
Que domina com opressão.
Tomar o poder político
E ter a dominação,
Esse é o objetivo
Da nossa revolução.
Como somos maioria,
Somos a própria nação.
Todos os antagonismos
Não sobreviverão mais.
E o Estado socialista
Não tem marcos nacionais,
Nem as discriminações
De sexo e raciais.
[...]
O Manifesto Comunista
Em cordel
Antônio Queiroz de França
Em 1844, Marx conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados.
Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto "O Manifesto Comunista", primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Agora sua versão em cordel contitui-se em um marco na Literatura Brasileira.
O lançamento é da Editora Tupynanquim, do Ceará, em parceria com a Associação dos Escritores, Trovadores e Folheteiros do Estado do Ceará - Aestrofe. "O Manifesto Comunista em Cordel" está sendo lançado, neste momento, na Bienal do Livro de Natal, Rio Grande do Norte, que termina nesta sexta-feira.
Antônio Queiroz de França nasceu no dia 22 de junho de 1948 em Jaguaretama (Ceará), é autodidata e mora em Maracanaú (Ceará) desde 1972.
Em 2003, teve um cordel de sua autoria classificado no II Concurso Paulista de Literatura de Cordel.
É um dos diretores da Sopoema - Sociedade dos Poetas e Escritores e Folheteiros do Estado do Ceará.
Além deste folheto, já publicou os seguintes títulos: "Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos" (em parceria com o poeta Rouxinol do Rinaré), "A História da Heroína Olga Benário", "Luiz Carlos Prestes - O Cavaleiro da Esperança", "As aventuras do guerrilheiro Che Guevara", dentre outros.
Trechos de "O Manifesto Comunista em Cordel":
Pensadores, sociólogos,
Cientistas sociaisi
Preocupem-se com o Homem
Este "rei dos animais"
Que cultiva o egoísmo,
Da ética não lembra mais.
Devido à desigualdade
Estudam a economia
E chegaram à conclusão
Que a poucos privilegia
Sem o mínimo pra ter vida
Sofre a grande maioria.
Fizeram a divisão
Após "estudos profundos":
"Primeiro mundo" dos ricos,
"Terceiro" dos moribundos.
Os pobres escravizados
Por burgueses dos dois mundos.
Um grande gênio alemão
E um outro camarada
Prepararam uma tese
Da humanidade estudada
E descobriram a causa
Da fome verificada.
Foi de Karl Marx e Engels
A grande ação humanista
Quando lançaram ao mundo
O Manifesto Comunista,
Dizendo que nosso grito
Necessita ser conquista.
Em mil e oitocentos e
Quarenta e sete emitiram
Na liga dos comunistas
Em congresso decidiram,
O Manifesto dos pobres
Marx e Engels redigiram.
Feito de forma eclética
Une anticapitalistas
Da grande Liga Operária
Os quais eram comunistas
Que faziam um consenso
Com os irmãos anarquistas.
Quando a vida virou luxo
Neste tal Planeta Terra
Onde poucos vivem bem.
Pra se manter fazem guerra
Sobre muitos que produzem
Nova escravidão se encerra.
Gera insensibilidade
Em todos desde a infância:
Nos ricos por vaidade,
É causada por ganância;
Nos pobres pela miséria,
A causa é ignorância.
Sobre os nossos ombros pesa
A responsabilidade
Entre o nosso segmento
Com solidariedade.
O Partido Comunista
Já começa a progredir
E os vários movimentos
Resolveram se unir,
Para vil exploração,
Neste planeta, abolir.
Várias correntes de idéias,
Movimentos Sociais,
Havia, entre operários
E entre intelectuais.
Depois deste Manifesto
Tornaram-se consensuais.
O movimento operário
Chamava-se comunista,
Dos intelectuais
Era o socialista.
Afora outro que havia
Chamado de anarquista.
Dizem no Manifesto
Que existia um fantasma
Rondando toda a Europa
(De medo o Estado pasma),
Que prometia dá fim,
Entre nós, num cataplasma.
Karl Marx conclama a todos
Para entrarem em ação
Unindo os trabalhadores
Sem destinção de nação
Para o fantasma passar
Á materialização.
[...]
Queremos, nós comunistas
É promover o respeito
Pondo fim na hipocrisia,
Irmandade é o nosso pleito,
Nas relações sociais,
Terá um novo conceito.
Inventaram que os comunistas
A pátria destruirão.
Operários não tem pátria
Vivendo em submissão,
Escravos da burguesia
Que domina com opressão.
Tomar o poder político
E ter a dominação,
Esse é o objetivo
Da nossa revolução.
Como somos maioria,
Somos a própria nação.
Todos os antagonismos
Não sobreviverão mais.
E o Estado socialista
Não tem marcos nacionais,
Nem as discriminações
De sexo e raciais.
[...]
O Manifesto Comunista
Em cordel
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