domingo, setembro 30, 2012

Amor líquido?


"Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador."

Ferreira Gullar


O Amor, seria líquido? (Como disse Bauman)
Eu não sei... Teria como saber diante da atual dinâmica da realidade e da flexibilização das relações humanas?

É difícil não ficar confusa, ou mesmo não entrar em "choque" e em "crise". Seria isso  o ônus de sonhar, e de acreditar no amor?  Mesmo que seja o da novela das 21h, ou mesmo ágape, fileo ou o de eros.

Quando nos colocamos abertos para a intimidade e nos expomos com toda a sinceridade, podemos nos sentir um pouco frágil. Como todo tipo de relacionamento, o amor na sociedade moderna pode ter uma intensidade incrível, mas também ser fluído, doloroso, ou rápido e imprevisível. Como prever o imprevisível?

É como se estivéssemos nas nossas relações um laço firme, e ao mesmo tempo frouxo. A atualidade também condiciona para que não sejamos autoconfiantes e passamos assim a ter insegurança... Quando ela é acompanhada de desejo, acaba tendo um patamar de ansiedade nada saudável, e acabar expondo ânsias opostas.

Uma delícia é sentir muita segurança e confiança em conviver com A PESSOA... daquelas que se pode contar em momentos de aflição...

Mas, quando inicia-se os "encargos" e "tensões"...  , as expectativas se quebram, a decepção toma conta, a insegurança se faz presente, a confiança é fragilizada... Como se tudo isso fosse uma benção ambígua, entre o sonho e o pesadelo, quente e frio, amor e ódio...

Um desafio aos amantes, é quando ao mesmo tempo coabita em  uma espécie de sentimento híbrido, de atração e repulsão.

‎"Não quero que finja sentimentos por mim,
não quero que segure a minha mão se tem intenção de soltá-la.
Só quero o que for verdadeiro."

Cazuza

"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena."

Mario Quintana


Shellen Galdino, em fins de um setembro amargo e doce. De um setembro líquido!

Que venha outubro, com muito amor e felicidade para nós.

sábado, setembro 22, 2012


E a gente promete nunca mais telefonar para quem nos faz sofrer, mas acaba telefonando, e ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa tudo de novo, aquele ata-e-desata, o coração da gente sendo puxado para fora.




Fiquei triste o dia inteiro, aí você me procura, inevitável, acabei sorrindo ao ver você falando comigo. Droga, você também não me ajuda. Queria tanto ficar bem sem você, sem falar, sem contato, mas ao mesmo tempo quase morro quando você não me conta como foi seu dia.




O cérebro é o órgão de maior destaque. Funciona durante 24 horas, 365 dias, desde seu nascimento… Até que você se apaixona…




É, eu só lamento, sabe? Lamento ter visto muita coisa numa pessoa que não viu nada em mim.

Tati Bernardi

quinta-feira, setembro 20, 2012


Eu sei que eu posso muitas coisas sem você, e eu sei que, se eu tomar um banho quente e comprar uma roupa nova, talvez eu possa querer uma coisa que seja, só uma, sem você. Nada muda no mundo quando você não caminha ao meu lado, as pessoas quase não percebem que falta metade do meu corpo e que eu não posso ser muito simpática porque toda a minha energia está concentrada para eu não tombar.




Você me trouxe até aqui pessoa em carne em viva, exposta, maluca, ridícula, errada, neurótica, obsessiva, sempre entregue numa bandeja de ouro para os raros pensamentos elaborados e carinhos honestos do mundo, ainda que muitos desses meramente teatrais..., mas depois de 10 anos de terapia e muito cansaço do riso alheio eu preciso deixar você ir embora e virar uma daquelas adultas que saem pela rua
com pele calejada e não com o fígado à mostra. Que difícil. Estou na fase mais difícil da minha vida. Não sei não ser uma idiota e amo a idiota ainda mais do que toda a dor que ela me causa. Mas não dá mais pra sentir a vida com cinco anos de idade. E esperar que o mundo tenha carinho com isso como se o mundo não estivesse ocupado com seus cinco anos de idade também. É lindo ser idiota. É a única coisa que me levanta da cama de manhã. Mas já machuca há mais de trinta anos e simplesmente não dá mais. Tudo começou a dar defeito e a me pedir proteção. Eu escuto meus órgãos e meu cérebro e meu coração me pedindo "chega". Preciso deixar você ir...mas até pra deixar você ir, me exponho ao ridículo novamente. Como é difícil.

Tati Bernardi

terça-feira, setembro 18, 2012

...

Chega um momento da sua vida, não porque é o momento D, mas é que reflexo de um acúmulo de acontecimentos, que você cansa!

Mas, não podemos viver uma vida inteira baseada no que devia ter acontecido! Não podemos viver em função disso!

"A nossa vida é uma incerteza. Um cego que revoluteia no vazio em busca de um mundo melhor cuja existência é apenas uma suposição." 

A nossa vida além de incerta, é sempre insatisfatória, talvez parte e fruto da necessidade do homem acumular coisas e querer sempre mais, fruto do seu egoísmo. Sinto tanta dor, que nem tem mais onde doer, se tivesse como mensurar, não tinha onde caber... Sinto que a vida cada vez exige algo que eu não posso ter, talvez eu não queira também.

Nada me agrada, nada me faz bem, nada me faz feliz, é tudo uma grande indiferença, é isso, eu não me importo.. eu não me importo.   Tanto faz!

Sabe aqueles dias em que a gente tem a impressão que quer fazer uma coisa, mas as nossas atitudes apontam para caminhos contrários? Ou quando a gente diz que vai fazer uma coisa, mas faz do avesso? A palavra-chave do momento é incoerência.


“A minha saudade
é absurda 
surda e muda
sente falta daquilo
que nem sequer
aconteceu.” 

Virgínia Woolf



segunda-feira, setembro 17, 2012

"Saudade eu tenho do que não nos coube. Lamento apenas o desconhecimento daquilo que não deu tempo de repartir, você não saboreou meu suor, eu não lhe provei as lágrimas. É no líquido que somos desvendados. No gosto das coisas o amor se reconhece. O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados."

Martha Medeiros

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente 
quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."

— Martha Medeiros

sábado, setembro 15, 2012

“Aos poucos a gente vai mudando o foco. E o lugar nem te acrescenta mais, você começa a precisar de outros lugares. E de outras pessoas. E de bebidas mais fortes. Nem pensa. Vai indo junto com as coisas. E eu só preciso de alguns abraços queridos, a companhia suave, bate-papos que me façam sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronicidade.
Tenho a impressão que a vida, as coisas foram me levand
o. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir...

E se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo ... preenche-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas. Tudo novo ! " 





- Caio Fernando Abreu

terça-feira, setembro 11, 2012

Existe alguém dentro de mim que grita me pedindo socorro




Existe alguém dentro de mim que grita me pedindo socorro, que implora pra eu me tirar desse abismo em meu peito que cavei com minhas próprias mãos e tu me ajudastes a aprofundar. Foi por ti que me coloquei aqui, foste tu que com cada “eu te
 amo” que dizias me levava mais fundo, e eu consentia... Consentia por acreditar que palavras um dia se tornariam atitudes e que atitudes durariam até depois que você atravessasse aquela porta, até o momento do dia seguinte; por acreditar que frases ditas em momentos de amor seriam mais que meras promessas. E foi por tudo isso que me deixei cair, como se não tivesse medo de pular de um penhasco de olhos vendados sem saber o que me esperava ao chão... Eu acreditava que você estaria lá, que iria me segurar, pegar em minha mão, olhar em meus olhos e dizer: “Calma, não se preocupa, eu estava aqui o tempo todo, está tudo bem, eu vou cuidar de você”. 



Mas você não cuidou! Nem das fraturas expostas; nem da dor que causaste em meu peito; nem dos estragos que causaste em minha vida, no que eu fui e no que eu passei a ser. 



Quantas vezes eu não te mandei ir embora e quantas outras eu te pedi para ficar um pouco mais, para eu me iludir mais, me enganar mais. E quantas outras eu tentei me afastar, quantos nãos eu tive que te dizer quando decidi me encontrar e me dizer as verdades que teimei não ouvir enquanto me jogava em teus braços, me iludia com teus beijos, me deliciava com tuas palavras e me encantava com cada frase dita.
Foi nesse meu encontro que eu percebi as metades que faltavam para que um dia pudéssemos ser nós, foi quando olhei pras minhas mãos e vi os calos e feridas que se formavam enquanto eu insistia em cavar o buraco que me levou até você. Foi quando percebi que tuas metades não me pertencem e que apesar de tua voz por um segundo me fazer fechar os olhos e querer te trazer de volta, o fato de você nunca ter estado inteiro não me convence mais. 



Desculpa, mas hoje, só por hoje eu estou saindo da tua vida, estou me despedindo, estou indo embora... Encontrar mais uma vez comigo, e não com você.





Jéssica Juliana



Texto dedicado exclusicavamente para minha amiga Shellen Galdino, que me serviu de inspiração e me fez passear por estes devaneios...

segunda-feira, setembro 10, 2012

Fuba 13800

As eleições são uma conquista histórica da sociedade brasileira, que por mais de 20 anos vivenciou o período da ditadura militar, tempos estes de restrição e opressão a participação política. Além disso, se trata se um momento ímpar de diál
ogo e de apresentação de projetos para a sociedade.

Porém, ao se afirmar isso, não se nega as outras vias, pelo contrário. A luta por uma sociedade mais justa, livre e igualitária perpassa diversos setores e de diferentes formas, principalmente através das organizações coletivas e lutas sociais. Porém, é nas eleições que a sociedade se abre mais para o debate político.

Abster-se e/ou votar nulo faz parte também do direito político cidadão, mas, na atual conjuntura é perder espaço de diálogo por um projeto progressista e de interferência real na vida das pessoas.

Temos na conjuntura de João Pessoa um cenário adverso, onde, principalmente na disputa a vereança, não se tem de modo geral um projeto que seja favorável às lutas sociais, que vise a coletividade e aos menos favorecidos.

Temos um cenário onde existem centenas de candidatos, mas onde ampla maioria não defende um projeto alternativo, e pior... se tem a conjuntura onde a câmara se apresenta com uma disputa cada vez mais conservadora.

Nos últimos quatro anos, o diálogo da CMJP, de modo geral, foi bastante conflituosa e de uma maneira não tanto democrática, principalmente fruto de uma cultura autoritária que vem se implementando nos espaços públicos de João Pessoa, e mais recentemente do Estado da Paraíba. Alguns exemplos, são, ao aumento da tarifa de ônibus e a terceirização através das OSs (Organizações Sociais) das políticas públicas do município, principalmente no que se refere a saúde.

Alguns mandatos conhecidos por seu diálogo com os movimentos sociais, se deixaram levar por outros interesses, e votaram contra a demanda popular, como o caso de Sandra Marrocos (PSB), apesar das contradições desse mandato. A ampla maioria votou contra o interesse da população, e impediu que a sociedade civil organizada entrasse na CMJP. Os candidatos que votaram contra, não votaram em nome da população, mas por oposição fútil, ou seja, oportunismo, pois se fossem da situação, teriam votado a favor.

Precisamos eleger e construir um mandato popular, que seja construído em prol da coletividade, que tenha autonomia e que faça um diálogo sobre os projetos que interessam a juventude, as mulheres e aos demais trabalhadores e diversos segmentos que visam transformação social. Precisamos de uma candidatura que seja leve, porém combativa, que tenha capacidade de agregar. Que seja aberta aos movimentos sociais, ao diálogo sobre cultura, juventude, diversidade e direitos humanos, meio-ambiente e turismo. Um mandato que se aproxime das lutas populares.

Conhecer é o primeiro passo para decidir!

Conheça Fuba 13800 e suas propostas!

Acesse: www.fuba13800.com.br
Curta: http://www.facebook.com/fuba13800
Siga: @fubapb

quarta-feira, setembro 05, 2012

A matemática dos amantes

O amor é uma linha tênue?

Para usar um pouco de racionalidade, digo um talvez!
Uma coisa é certa: o amor não é uma linha, e se o for, é uma linear cheia de linhas não lineares e contraditórias. Linhas que se ramificam com a raiz de um árvore. A árvore, o caule e seus galhos e suas folhas buscam a luz, o sol, a fotossíntese e cresce numa só direção, mesmo com contradições
 e irregularidades, a raiz cresce para baixo, para vários lugares, várias direções, ao mesmo tempo, de maneira desequilibrada, talvez seja isso o amor, um rizoma arquitetonicamente não planejado pelas forças da natureza.

As linhas não lineares não seguem uma constante, assim como o amor não é um caminho simples... Talvez, isso seja o tempero a mais desse sentimento que tanto machuca a alma humana, mas que ao mesmo tempo gera lindos sentimentos de necessidade, desejo e confiança. Fica no desequilíbrio, entre positivo e negativo, entre quente e frio, assim, entre opostos não diferentes, entre contentes que se descontentam em não estar presente. Se não for positivo e se não for negativo, é a morte, é zero. Zero é morte, sem movimento, sem pulsação, sem contradição, sem movimento, sem superação e sem vida!

Existe algo mais parecido com o amor, do que a morte?

Hell

domingo, setembro 30, 2012

Amor líquido?


"Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador."

Ferreira Gullar


O Amor, seria líquido? (Como disse Bauman)
Eu não sei... Teria como saber diante da atual dinâmica da realidade e da flexibilização das relações humanas?

É difícil não ficar confusa, ou mesmo não entrar em "choque" e em "crise". Seria isso  o ônus de sonhar, e de acreditar no amor?  Mesmo que seja o da novela das 21h, ou mesmo ágape, fileo ou o de eros.

Quando nos colocamos abertos para a intimidade e nos expomos com toda a sinceridade, podemos nos sentir um pouco frágil. Como todo tipo de relacionamento, o amor na sociedade moderna pode ter uma intensidade incrível, mas também ser fluído, doloroso, ou rápido e imprevisível. Como prever o imprevisível?

É como se estivéssemos nas nossas relações um laço firme, e ao mesmo tempo frouxo. A atualidade também condiciona para que não sejamos autoconfiantes e passamos assim a ter insegurança... Quando ela é acompanhada de desejo, acaba tendo um patamar de ansiedade nada saudável, e acabar expondo ânsias opostas.

Uma delícia é sentir muita segurança e confiança em conviver com A PESSOA... daquelas que se pode contar em momentos de aflição...

Mas, quando inicia-se os "encargos" e "tensões"...  , as expectativas se quebram, a decepção toma conta, a insegurança se faz presente, a confiança é fragilizada... Como se tudo isso fosse uma benção ambígua, entre o sonho e o pesadelo, quente e frio, amor e ódio...

Um desafio aos amantes, é quando ao mesmo tempo coabita em  uma espécie de sentimento híbrido, de atração e repulsão.

‎"Não quero que finja sentimentos por mim,
não quero que segure a minha mão se tem intenção de soltá-la.
Só quero o que for verdadeiro."

Cazuza

"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena."

Mario Quintana


Shellen Galdino, em fins de um setembro amargo e doce. De um setembro líquido!

Que venha outubro, com muito amor e felicidade para nós.

sábado, setembro 22, 2012


E a gente promete nunca mais telefonar para quem nos faz sofrer, mas acaba telefonando, e ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa tudo de novo, aquele ata-e-desata, o coração da gente sendo puxado para fora.




Fiquei triste o dia inteiro, aí você me procura, inevitável, acabei sorrindo ao ver você falando comigo. Droga, você também não me ajuda. Queria tanto ficar bem sem você, sem falar, sem contato, mas ao mesmo tempo quase morro quando você não me conta como foi seu dia.




O cérebro é o órgão de maior destaque. Funciona durante 24 horas, 365 dias, desde seu nascimento… Até que você se apaixona…




É, eu só lamento, sabe? Lamento ter visto muita coisa numa pessoa que não viu nada em mim.

Tati Bernardi

quinta-feira, setembro 20, 2012


Eu sei que eu posso muitas coisas sem você, e eu sei que, se eu tomar um banho quente e comprar uma roupa nova, talvez eu possa querer uma coisa que seja, só uma, sem você. Nada muda no mundo quando você não caminha ao meu lado, as pessoas quase não percebem que falta metade do meu corpo e que eu não posso ser muito simpática porque toda a minha energia está concentrada para eu não tombar.




Você me trouxe até aqui pessoa em carne em viva, exposta, maluca, ridícula, errada, neurótica, obsessiva, sempre entregue numa bandeja de ouro para os raros pensamentos elaborados e carinhos honestos do mundo, ainda que muitos desses meramente teatrais..., mas depois de 10 anos de terapia e muito cansaço do riso alheio eu preciso deixar você ir embora e virar uma daquelas adultas que saem pela rua
com pele calejada e não com o fígado à mostra. Que difícil. Estou na fase mais difícil da minha vida. Não sei não ser uma idiota e amo a idiota ainda mais do que toda a dor que ela me causa. Mas não dá mais pra sentir a vida com cinco anos de idade. E esperar que o mundo tenha carinho com isso como se o mundo não estivesse ocupado com seus cinco anos de idade também. É lindo ser idiota. É a única coisa que me levanta da cama de manhã. Mas já machuca há mais de trinta anos e simplesmente não dá mais. Tudo começou a dar defeito e a me pedir proteção. Eu escuto meus órgãos e meu cérebro e meu coração me pedindo "chega". Preciso deixar você ir...mas até pra deixar você ir, me exponho ao ridículo novamente. Como é difícil.

Tati Bernardi

terça-feira, setembro 18, 2012

...

Chega um momento da sua vida, não porque é o momento D, mas é que reflexo de um acúmulo de acontecimentos, que você cansa!

Mas, não podemos viver uma vida inteira baseada no que devia ter acontecido! Não podemos viver em função disso!

"A nossa vida é uma incerteza. Um cego que revoluteia no vazio em busca de um mundo melhor cuja existência é apenas uma suposição." 

A nossa vida além de incerta, é sempre insatisfatória, talvez parte e fruto da necessidade do homem acumular coisas e querer sempre mais, fruto do seu egoísmo. Sinto tanta dor, que nem tem mais onde doer, se tivesse como mensurar, não tinha onde caber... Sinto que a vida cada vez exige algo que eu não posso ter, talvez eu não queira também.

Nada me agrada, nada me faz bem, nada me faz feliz, é tudo uma grande indiferença, é isso, eu não me importo.. eu não me importo.   Tanto faz!

Sabe aqueles dias em que a gente tem a impressão que quer fazer uma coisa, mas as nossas atitudes apontam para caminhos contrários? Ou quando a gente diz que vai fazer uma coisa, mas faz do avesso? A palavra-chave do momento é incoerência.


“A minha saudade
é absurda 
surda e muda
sente falta daquilo
que nem sequer
aconteceu.” 

Virgínia Woolf



segunda-feira, setembro 17, 2012

"Saudade eu tenho do que não nos coube. Lamento apenas o desconhecimento daquilo que não deu tempo de repartir, você não saboreou meu suor, eu não lhe provei as lágrimas. É no líquido que somos desvendados. No gosto das coisas o amor se reconhece. O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados."

Martha Medeiros

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente 
quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."

— Martha Medeiros

sábado, setembro 15, 2012

“Aos poucos a gente vai mudando o foco. E o lugar nem te acrescenta mais, você começa a precisar de outros lugares. E de outras pessoas. E de bebidas mais fortes. Nem pensa. Vai indo junto com as coisas. E eu só preciso de alguns abraços queridos, a companhia suave, bate-papos que me façam sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronicidade.
Tenho a impressão que a vida, as coisas foram me levand
o. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir...

E se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo ... preenche-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas. Tudo novo ! " 





- Caio Fernando Abreu

terça-feira, setembro 11, 2012

Existe alguém dentro de mim que grita me pedindo socorro




Existe alguém dentro de mim que grita me pedindo socorro, que implora pra eu me tirar desse abismo em meu peito que cavei com minhas próprias mãos e tu me ajudastes a aprofundar. Foi por ti que me coloquei aqui, foste tu que com cada “eu te
 amo” que dizias me levava mais fundo, e eu consentia... Consentia por acreditar que palavras um dia se tornariam atitudes e que atitudes durariam até depois que você atravessasse aquela porta, até o momento do dia seguinte; por acreditar que frases ditas em momentos de amor seriam mais que meras promessas. E foi por tudo isso que me deixei cair, como se não tivesse medo de pular de um penhasco de olhos vendados sem saber o que me esperava ao chão... Eu acreditava que você estaria lá, que iria me segurar, pegar em minha mão, olhar em meus olhos e dizer: “Calma, não se preocupa, eu estava aqui o tempo todo, está tudo bem, eu vou cuidar de você”. 



Mas você não cuidou! Nem das fraturas expostas; nem da dor que causaste em meu peito; nem dos estragos que causaste em minha vida, no que eu fui e no que eu passei a ser. 



Quantas vezes eu não te mandei ir embora e quantas outras eu te pedi para ficar um pouco mais, para eu me iludir mais, me enganar mais. E quantas outras eu tentei me afastar, quantos nãos eu tive que te dizer quando decidi me encontrar e me dizer as verdades que teimei não ouvir enquanto me jogava em teus braços, me iludia com teus beijos, me deliciava com tuas palavras e me encantava com cada frase dita.
Foi nesse meu encontro que eu percebi as metades que faltavam para que um dia pudéssemos ser nós, foi quando olhei pras minhas mãos e vi os calos e feridas que se formavam enquanto eu insistia em cavar o buraco que me levou até você. Foi quando percebi que tuas metades não me pertencem e que apesar de tua voz por um segundo me fazer fechar os olhos e querer te trazer de volta, o fato de você nunca ter estado inteiro não me convence mais. 



Desculpa, mas hoje, só por hoje eu estou saindo da tua vida, estou me despedindo, estou indo embora... Encontrar mais uma vez comigo, e não com você.





Jéssica Juliana



Texto dedicado exclusicavamente para minha amiga Shellen Galdino, que me serviu de inspiração e me fez passear por estes devaneios...

segunda-feira, setembro 10, 2012

Fuba 13800

As eleições são uma conquista histórica da sociedade brasileira, que por mais de 20 anos vivenciou o período da ditadura militar, tempos estes de restrição e opressão a participação política. Além disso, se trata se um momento ímpar de diál
ogo e de apresentação de projetos para a sociedade.

Porém, ao se afirmar isso, não se nega as outras vias, pelo contrário. A luta por uma sociedade mais justa, livre e igualitária perpassa diversos setores e de diferentes formas, principalmente através das organizações coletivas e lutas sociais. Porém, é nas eleições que a sociedade se abre mais para o debate político.

Abster-se e/ou votar nulo faz parte também do direito político cidadão, mas, na atual conjuntura é perder espaço de diálogo por um projeto progressista e de interferência real na vida das pessoas.

Temos na conjuntura de João Pessoa um cenário adverso, onde, principalmente na disputa a vereança, não se tem de modo geral um projeto que seja favorável às lutas sociais, que vise a coletividade e aos menos favorecidos.

Temos um cenário onde existem centenas de candidatos, mas onde ampla maioria não defende um projeto alternativo, e pior... se tem a conjuntura onde a câmara se apresenta com uma disputa cada vez mais conservadora.

Nos últimos quatro anos, o diálogo da CMJP, de modo geral, foi bastante conflituosa e de uma maneira não tanto democrática, principalmente fruto de uma cultura autoritária que vem se implementando nos espaços públicos de João Pessoa, e mais recentemente do Estado da Paraíba. Alguns exemplos, são, ao aumento da tarifa de ônibus e a terceirização através das OSs (Organizações Sociais) das políticas públicas do município, principalmente no que se refere a saúde.

Alguns mandatos conhecidos por seu diálogo com os movimentos sociais, se deixaram levar por outros interesses, e votaram contra a demanda popular, como o caso de Sandra Marrocos (PSB), apesar das contradições desse mandato. A ampla maioria votou contra o interesse da população, e impediu que a sociedade civil organizada entrasse na CMJP. Os candidatos que votaram contra, não votaram em nome da população, mas por oposição fútil, ou seja, oportunismo, pois se fossem da situação, teriam votado a favor.

Precisamos eleger e construir um mandato popular, que seja construído em prol da coletividade, que tenha autonomia e que faça um diálogo sobre os projetos que interessam a juventude, as mulheres e aos demais trabalhadores e diversos segmentos que visam transformação social. Precisamos de uma candidatura que seja leve, porém combativa, que tenha capacidade de agregar. Que seja aberta aos movimentos sociais, ao diálogo sobre cultura, juventude, diversidade e direitos humanos, meio-ambiente e turismo. Um mandato que se aproxime das lutas populares.

Conhecer é o primeiro passo para decidir!

Conheça Fuba 13800 e suas propostas!

Acesse: www.fuba13800.com.br
Curta: http://www.facebook.com/fuba13800
Siga: @fubapb

quarta-feira, setembro 05, 2012

A matemática dos amantes

O amor é uma linha tênue?

Para usar um pouco de racionalidade, digo um talvez!
Uma coisa é certa: o amor não é uma linha, e se o for, é uma linear cheia de linhas não lineares e contraditórias. Linhas que se ramificam com a raiz de um árvore. A árvore, o caule e seus galhos e suas folhas buscam a luz, o sol, a fotossíntese e cresce numa só direção, mesmo com contradições
 e irregularidades, a raiz cresce para baixo, para vários lugares, várias direções, ao mesmo tempo, de maneira desequilibrada, talvez seja isso o amor, um rizoma arquitetonicamente não planejado pelas forças da natureza.

As linhas não lineares não seguem uma constante, assim como o amor não é um caminho simples... Talvez, isso seja o tempero a mais desse sentimento que tanto machuca a alma humana, mas que ao mesmo tempo gera lindos sentimentos de necessidade, desejo e confiança. Fica no desequilíbrio, entre positivo e negativo, entre quente e frio, assim, entre opostos não diferentes, entre contentes que se descontentam em não estar presente. Se não for positivo e se não for negativo, é a morte, é zero. Zero é morte, sem movimento, sem pulsação, sem contradição, sem movimento, sem superação e sem vida!

Existe algo mais parecido com o amor, do que a morte?

Hell