quarta-feira, março 16, 2011

ERECS


Carta: "Por que Normandia?"

Há uma inquietação nas universidades. Alguns não se conformam com a realidade vigente. Como subverter o sistema? De que meios nós, estudantes, dispomos para lutar? É possível a transformação? O sucesso do movimento estudantil enquanto elemento de construção política da sociedade civil organizada nunca esteve tão incerto, seja em sua instrumentalização por discursos institucionais ou pela desmobilização oriunda do fetiche provocado pela latente necessidade de se adaptar à rotina paralisante de um capitalismo aparentemente inquestionável.   
Questionando sobre os contextos atuais do fazer político e sobre os possíveis espaços para um sujeito revolucionário, alguns estudantes de ciências sociais da UFPE e UFRPE enxergam nos encontros estudantis uma grande possibilidade de se (re)pensar um contexto histórico que a nós demanda uma atuação política específica. Um espaço potencialmente capaz de nos motivar a reaproximar o pensamento crítico da nossa vida cotidiana.
O que é a crítica senão uma pergunta pela legitimidade daquelas decisões históricas que têm um impacto público? O capitalismo moderno, enquanto empreendedor de interesses particulares que se apropriam de uma história coletiva, procurou sempre fugir às respostas requisitadas pela crítica e hoje, na intensidade com que impõe um ritmo de vida aos corpos - de forma a que possam assim sobreviver no sistema - nos faz hesitar inclusive a colocar os questionamentos.  
É hora de reafirmar a necessidade da pergunta colocada pela crítica enquanto eixo de orientação para construção política de uma sociedade emancipada. Motivados pela esperança de viabilizar essa perspectiva, pensamos e discutimos a vinda do ERECS 2011 para Pernambuco, após muitas reflexões a respeito dos modelos tradicionais dos nossos encontros estudantis e das nossas possibilidades de ir além do até então inventado. Cabe a nós, agora, questionar a história e tentar a reinvenção, não só de ações estratégicas, mas também da esperança.
Nesse sentido, construímos a posição de levarmos o nosso ERECS para a Normandia, espaço de encontros do MST, na cidade de Caruaru, a 135 quilômetros de Recife. Estamos concentrados,numa esperança comum de ressignificar o fazer coletivo, aproveitando a simbologia que faz parte de um espaço dedicado à organização sem-terra. A Normandia tem estrutura física apropriada para esse tipo de evento e, mais ainda, para construirmos um encontro autogestionado. Esperamos a compreensão e, se estivermos sintonizados nessa filosofia, o incentivo das outras universidades nordestinas. O desafio está lançado. É hora de tentarmos materializar as nossas ideologias do espírito.

Inscrições feitas entre os dias 15 e 28 de março - R$ 70,00
Do dia 29 março ao dia 15 de abril - R$ 75,00
Do dia 16 abril até o dia do encontro - R$ 80,00

Link para programação no blog do ERECS: http://erecsne2011.blogspot.com/p/programacao.html

Nenhum comentário :

Postar um comentário

quarta-feira, março 16, 2011

ERECS


Carta: "Por que Normandia?"

Há uma inquietação nas universidades. Alguns não se conformam com a realidade vigente. Como subverter o sistema? De que meios nós, estudantes, dispomos para lutar? É possível a transformação? O sucesso do movimento estudantil enquanto elemento de construção política da sociedade civil organizada nunca esteve tão incerto, seja em sua instrumentalização por discursos institucionais ou pela desmobilização oriunda do fetiche provocado pela latente necessidade de se adaptar à rotina paralisante de um capitalismo aparentemente inquestionável.   
Questionando sobre os contextos atuais do fazer político e sobre os possíveis espaços para um sujeito revolucionário, alguns estudantes de ciências sociais da UFPE e UFRPE enxergam nos encontros estudantis uma grande possibilidade de se (re)pensar um contexto histórico que a nós demanda uma atuação política específica. Um espaço potencialmente capaz de nos motivar a reaproximar o pensamento crítico da nossa vida cotidiana.
O que é a crítica senão uma pergunta pela legitimidade daquelas decisões históricas que têm um impacto público? O capitalismo moderno, enquanto empreendedor de interesses particulares que se apropriam de uma história coletiva, procurou sempre fugir às respostas requisitadas pela crítica e hoje, na intensidade com que impõe um ritmo de vida aos corpos - de forma a que possam assim sobreviver no sistema - nos faz hesitar inclusive a colocar os questionamentos.  
É hora de reafirmar a necessidade da pergunta colocada pela crítica enquanto eixo de orientação para construção política de uma sociedade emancipada. Motivados pela esperança de viabilizar essa perspectiva, pensamos e discutimos a vinda do ERECS 2011 para Pernambuco, após muitas reflexões a respeito dos modelos tradicionais dos nossos encontros estudantis e das nossas possibilidades de ir além do até então inventado. Cabe a nós, agora, questionar a história e tentar a reinvenção, não só de ações estratégicas, mas também da esperança.
Nesse sentido, construímos a posição de levarmos o nosso ERECS para a Normandia, espaço de encontros do MST, na cidade de Caruaru, a 135 quilômetros de Recife. Estamos concentrados,numa esperança comum de ressignificar o fazer coletivo, aproveitando a simbologia que faz parte de um espaço dedicado à organização sem-terra. A Normandia tem estrutura física apropriada para esse tipo de evento e, mais ainda, para construirmos um encontro autogestionado. Esperamos a compreensão e, se estivermos sintonizados nessa filosofia, o incentivo das outras universidades nordestinas. O desafio está lançado. É hora de tentarmos materializar as nossas ideologias do espírito.

Inscrições feitas entre os dias 15 e 28 de março - R$ 70,00
Do dia 29 março ao dia 15 de abril - R$ 75,00
Do dia 16 abril até o dia do encontro - R$ 80,00

Link para programação no blog do ERECS: http://erecsne2011.blogspot.com/p/programacao.html

Nenhum comentário :

Postar um comentário