sábado, março 08, 2014

A mulher na vida como ela é



Desafio: nos respeitem durante os 365 dias do ano.

Sim, isso é uma cutucada para aqueles que acham que a mulher só deve ser lembrada no dia 8 de março... 

Você sabia as mulheres ganham menos? Você sabia que somos mais de 100 mil mulheres assassinadas (notificadas)? Você sabia que mulheres sofrem violência cotidianamente?

Pois bem, a todos/as que acham que a divisão sexual do trabalho e machismo institucional é conto da caroxinha inventado pelas feministas, devia ao menos, medir as palavras e buscar conhecer a vida como ela é.
Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios (PNAD) do IBGE, mostra um dado triste, e eu diria até alarmante, para as mulheres, analisando a partir de um recorte de gênero.
Embora as mulheres tenham conseguido avanço no mercado de trabalho, o rendimento do trabalho feminino segundo esta pesquisa aumentou 5,1%.

Mas, antes de comemorar esse avanço, que é considerável, a realidade nos mostra uma contradição: o dos homens subiu 6,3%. Acreditem, esse um pouco mais de 1% é um grande número para o nosso lindo e moderno século XXI.

Em número mais precisos, o rendimento do trabalho feminino foi em média de R$ 1.238 em 2012, representando 72,9% do obtido pelos homens, que foi R$ 1.698. Então, será que não existe ainda na nossa sociedade relações de cunho patriarcal, machista e sexista?

Vocês já pararam para pensar quantas mulheres são violentadas por dia? Na Europa, uma a cada três mulheres já sofreram violência. Já no Brasil, seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. 
Segundo o mapa da violência de 2012, nos 30 anos decorridos a partir de 1980 foram assassinadas no país perto de 91 mil mulheres, 43,5 mil só na última década. 

Talvez ainda não seja arcaíco recorrer ao termo divisão sexual do trabalho, machismo, feminismo... sem dúvidas, existem novas roupagens a partir da reestruturação do modo de produção do sistema capitalista, ou mesmo da "acumulação flexível". Talvez também, não seja arcaíco ainda utilizar Clara Zetkin, Rosa Luxemburg e Alexandra Kolontai.

Bem vindos/as a vida como é para as mulheres: opressora, dominadora, e claro, desigual.
Para que feminismo, né???

IMPORTANTE: http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1977:destaques-da-pesquisa-mulheres-brasileiras-nos-espacos-publico-e-privado-fundacao-perseu-abramosesc&catid=101

Nenhum comentário :

Postar um comentário

sábado, março 08, 2014

A mulher na vida como ela é



Desafio: nos respeitem durante os 365 dias do ano.

Sim, isso é uma cutucada para aqueles que acham que a mulher só deve ser lembrada no dia 8 de março... 

Você sabia as mulheres ganham menos? Você sabia que somos mais de 100 mil mulheres assassinadas (notificadas)? Você sabia que mulheres sofrem violência cotidianamente?

Pois bem, a todos/as que acham que a divisão sexual do trabalho e machismo institucional é conto da caroxinha inventado pelas feministas, devia ao menos, medir as palavras e buscar conhecer a vida como ela é.
Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios (PNAD) do IBGE, mostra um dado triste, e eu diria até alarmante, para as mulheres, analisando a partir de um recorte de gênero.
Embora as mulheres tenham conseguido avanço no mercado de trabalho, o rendimento do trabalho feminino segundo esta pesquisa aumentou 5,1%.

Mas, antes de comemorar esse avanço, que é considerável, a realidade nos mostra uma contradição: o dos homens subiu 6,3%. Acreditem, esse um pouco mais de 1% é um grande número para o nosso lindo e moderno século XXI.

Em número mais precisos, o rendimento do trabalho feminino foi em média de R$ 1.238 em 2012, representando 72,9% do obtido pelos homens, que foi R$ 1.698. Então, será que não existe ainda na nossa sociedade relações de cunho patriarcal, machista e sexista?

Vocês já pararam para pensar quantas mulheres são violentadas por dia? Na Europa, uma a cada três mulheres já sofreram violência. Já no Brasil, seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. 
Segundo o mapa da violência de 2012, nos 30 anos decorridos a partir de 1980 foram assassinadas no país perto de 91 mil mulheres, 43,5 mil só na última década. 

Talvez ainda não seja arcaíco recorrer ao termo divisão sexual do trabalho, machismo, feminismo... sem dúvidas, existem novas roupagens a partir da reestruturação do modo de produção do sistema capitalista, ou mesmo da "acumulação flexível". Talvez também, não seja arcaíco ainda utilizar Clara Zetkin, Rosa Luxemburg e Alexandra Kolontai.

Bem vindos/as a vida como é para as mulheres: opressora, dominadora, e claro, desigual.
Para que feminismo, né???

IMPORTANTE: http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1977:destaques-da-pesquisa-mulheres-brasileiras-nos-espacos-publico-e-privado-fundacao-perseu-abramosesc&catid=101

Nenhum comentário :

Postar um comentário