sexta-feira, novembro 04, 2011

A mão invisível e a graça irresistível do mercado


A mão invisível e a graça irresistível do mercado

Se entendermos dois aspectos da economia de mercado, concordaremos que há sempre uma teia religiosa para conectar as práticas. Um aspecto é o da “mão invisível” do mercado, pretensa reguladora da justiça, um conceito idêntico ao da soberania do nosso cristianismo determinista: renda-se ao mercado, ele garante que no final tudo se encaixa. É o tapeceiro, só vemos o avesso, o mercado-tapeceiro tece do lado certo. O outro aspecto é o da “graça irresistível” do mercado. Ou você se abre para a economia de mercado ou está destinado ao “inferno” decadente e isolado do mundo – é a inexorabilidade do mercado. Você vem para o “Senhor” nem que seja pela dor.
Não seria o evangelho de Jesus o “niilismo mais radical” que desmascara os encantamentos religiosos: que quebra os odres velhos?
O que pode ser menos religioso que o evangelho de Jesus?
O que pode a transformar “crentes no capital” em “ateus anárquicos” mais que o evangelho do Cristo de Deus?
Elienai Cabral Júnior, em comentário a este documento
Da série: Do tempo em que a Bacia era aberta a comentários
Leia também:
O profeta e a revolução

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sexta-feira, novembro 04, 2011

A mão invisível e a graça irresistível do mercado


A mão invisível e a graça irresistível do mercado

Se entendermos dois aspectos da economia de mercado, concordaremos que há sempre uma teia religiosa para conectar as práticas. Um aspecto é o da “mão invisível” do mercado, pretensa reguladora da justiça, um conceito idêntico ao da soberania do nosso cristianismo determinista: renda-se ao mercado, ele garante que no final tudo se encaixa. É o tapeceiro, só vemos o avesso, o mercado-tapeceiro tece do lado certo. O outro aspecto é o da “graça irresistível” do mercado. Ou você se abre para a economia de mercado ou está destinado ao “inferno” decadente e isolado do mundo – é a inexorabilidade do mercado. Você vem para o “Senhor” nem que seja pela dor.
Não seria o evangelho de Jesus o “niilismo mais radical” que desmascara os encantamentos religiosos: que quebra os odres velhos?
O que pode ser menos religioso que o evangelho de Jesus?
O que pode a transformar “crentes no capital” em “ateus anárquicos” mais que o evangelho do Cristo de Deus?
Elienai Cabral Júnior, em comentário a este documento
Da série: Do tempo em que a Bacia era aberta a comentários
Leia também:
O profeta e a revolução

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