segunda-feira, novembro 21, 2011

Movimentos sociais, movimento estudantil e prática militante

E, se as formas de organização criadas para isto estão funcionado de maneira insatisfatória, o problema está em ativá-las ou em mudá-las, conferindo-lhes a eficácia que deveriam ter." Leandro Konder



Não creio que vivemos numa "falência", mas sim vivemos numa crise organizacional onde as demandas impostas pela contradição e dinâmica capitalista e a própria reestruturação produtiva e acumulação flexível mudou o cenário da organização social, principalmente a sindical e isso impactou nos movimentos sociais, culminando no que hoje algumas teses defendem como crise organizacional dos movimentos sociais, ou seja, um problema de conjuntura e co-relação de forças que não está nada favorável a classe trabalhadora. 

Primeiro, o que é movimento social? o movimento social é expressão das relações sociais objetivas e subjetivas, determinadas pelas relações entre estrutura e superestrutura no movimento real da totalidade concreta de um determinado período histórico e suas manifestações são estruturais e conjunturais.

A culpa não é do "vilão" capitalismo, mas sim de todas as suas expressões, contradições, complexos dos complexos, já disse Luckás. Não sei que "maquiavelismo" ou "teoria do caos" ou sei lá o que é esse bla bla bla de tática de movimentos sociais, Argumento sem nenhum embasamento, se trata apenas de um julgamento moral a meu ver.

Infelizmente, camaradas, as contradições se dão nos aspectos micro, e macros da dinâmica sociais, e DA's, movimento estudantil são profundamente afetados pelo descenso e refluxo da luta de classes, e infelizmente alguns companheiros só criticam e não movem se quer uma palha para mudar algo. Isso sim é triste.

Obviamente devemos caminhar para uma dita "perfeição" na nossa prática militante, mas com a realidade adversa que vivemos, não é fácil. A construção de valores no movimento estudantil, valores humanos, emancipatórios e autonomos são bastantes complicados, pelo próprio perfil que é a academia e seu distanciamento da classe trabalhadora, então não somos uma bolha da perfeição que não é atingindo pela complexidade que é a dinâmica social, e não podemos reduzir isso a um discurso idealista e romântico.

Obviamente o conceito de representatividade é pequeno-burgues, por que a "representação" exclui, direta ou indireta, a participação de outro ser na política. Mas não podemos utilizar a culpabilização de sujeitos na análise, pois assim chegamos até a um retrocesso de análise, eram os positivistas que faziam isso, não? A participação e a militância no movimento estudantil tem importância fundamental para a formação político-ideológica.


Participar do movimento estudantil implica assumir uma certa autonomia, a tomar posição crítica com relação à instituição escolar e seus muitos mecanismos. A primeira fronteira se rompe, portanto, é a da própria sala de aula [...]. E as fronteiras físicas da universidade em que estudamos também se rompem [...]. E as fronteiras que se acabam por romper são também ideológicas – rompem-se cerca de muitos preconceitos pequeno-burgueses – aprende-se assim, já em princípio, que as saídas individuais não são saídas, mas adequações e que elas, em definitivo, não resolvem nem os problemas individuais mais imediatos, dirá os problemas históricos e sociais mais graves. Por isso, rompe-se a fronteira do imediato (ARAÚJO e SOUSA NETO, 2007, p. 258)


Camaradas, de certo a eleição de uma chapa ou outra para DA não é a tão democracia e emancipação política que queremos, que está no nosso HORIZONTE UTÓPICO. devemos COLETIVAMENTE buscar alternativas de abrir a gestão dos DA e CA's, é uma tarefa fácil? Não, não o é. Mas ai vamos juntas e juntos buscar as soluções para os nossos "problemas."

A realidade do curso de Serviço Social da UFPE é uma realidade para muitas universidades públicas, infelizmente a mudança socio-econômica não anda na mesma velocidade da mudança juridica-politica. Mas devemos entender as universidades, instituições, governos, estados e afins como detentoras de relações AMPLIADAS, complexas, e contraditórias, Mais uma vez aqui o dito complexos dos complexos, unidade dos contrários. Isso só uma negação da negação para "resolver". (ignorem o etapismo)


A tal UNE, (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES), entidade histórica e legitima criada a partir da necessidade de organizar as lutas estudantis infelizmente vive um MOMENTO DE CONJUNTURA E CO-RELAÇÃO DE FORÇAS QUE NÃO É AO "NOSSO" FAVOR. Como assim o foi em outros momentos históricos e que a partir da disputa e luta conseguimos reaver, mas que depois também foi tomada por um grupo que hoje vai numa perspectiva ala direita. é um braço do governo? É, em sua maioria. devemos reconquista a UNE, disputá-la, no debate, na conversa, nas propostas, é bem dificil fazer isso tendo em vista os valores capitalistas e pequeno-burgueses empregados pela maioria, como dinheiro, sexo, comida e bebida, e algumas drogas... mas camarada, é uma tarefa para tod@s os estudantes. Pois criar outra entidade ou aboli-las de vez com certeza não solucionará todos os empasses, desafios e dilemas que enfrenta o movimento estudantil de esquerda na atualidade. Não nesse dado momento histórico.

Infelizmente é isso, eles CONSEGUEM DIALOGAR COM A POPULAÇÃO, coisa que a extrema esquerda ou seja lá o que for não consegue fazer. É um desafio que está posto camarada, cabe-nos fazer ALGUMA COISA.

Não se trata de legitimar ou não a entidade camaradas, vejo que o buraco é mais em "cima".  Mas é entender que o problema não é unica e exclusivamente da gestão. Não podemos cair nesse discurso de bom e mau, vilão e herói. A situação é mais complexa do que parece, até onde sei, na UFPE, os estudantes de Serviço Social deram e dão enormes contribuição para o ME, o MESS e a ENESSO, pelo menos uma parte que se dispões dias e dias da sua vida a construir uma categoria forte e um projeto ético político que vise a emancipação, a liberdade, a democracia. Eu sei que existem dois grupos disputando a gestão do DASS, um deles até exageram na critica a UNE, outros entendem a UNE em sua totalidade. 

Como você disse o problema não é de direção, é de conjuntura e co-relação de forças, mas a gestão pode fazer sim uma pequena diferença. Tendo em vista todo o histórico e legitimidade da UNE, Que queiramos ou não, tem respaldo nessa torcida organizada que é a UJS, nas escolas particulares e nos reunistas e prounistas. E eles são também trabalhadores, como eu, você e outros companheiros.

Infelizmente o movimento estudantil tem essas práticas de coleguismo, capismo, e afins, por ter suas particulares estruturais, por ser um movimento ciclico que pouco consegue dar continuidade e coesão. Por ser sim HETEROGENEO , CICLICO E POLICLASSISTAS. Mas são desafios que estão postos para toda a militancia. Cabe-nos combater essas práticas.

O problema é, na minha opinião, julgar alguém de pseudo-revolucionário ou não... cara, a prática nos dirá. Não podemos idealizar um tipo X de militancia. devemos caminhar para tal militancia, que dificilmente se dará sem um processo revolucionário.

O movimento estudantil deve ser autonomo, sim o deve. mas não podemos descartar que as bandeiras a ser defendidas pelo ME as vezes se entrelaçam com bandeiras de partidos, principalmente o MESS por sua maturidade política de sua luta associada a um projeto de sociedade... No mais peço que os compas que respondam tal acusação.

Eu construo o MPL, mas até que ponto existe auto-gestão? Vamos juntos buscar as respostas. Mas, cammarada, não se pode comparar o "incomparavel".

O papel de uma organização na história é interpretar os desafios que as circustancias apresentam e tentar resolvê-los, criando novas circustancias. Vivemos, infelizmente, num tempo de vazio de alternativas, de ideias e iniciativas, que leva cada vez mais a sociedade a bárbarie. No mais temos que nos concentrar nesse momento adverso num processo simples e complexo ao mesmo tempo, o processo de crítica e auto-crítica , de maneira fraterna e construtiva. Não nascemos militantes, nos fazemos militantes e poderemos deixar de ser no momento em que deixarmos de transformar a nós mesmos e a nossa volta (dentro de como podemos) no fazer cotidiano.

Precismaos combater a espontaneidade, elevar o nivel de consciencia da classe trabalhadora e ir além da "luta imediata". 

O indivíduo isolado, normalmente, não pode faze história: suas forças são muito limitadas. Por isso, o problemas da organização capaz de levá-lo a multiplicar suas energias e ganhar eficácia é um problema crucial para todo revolucionário. É preciso que a organização não se torne opaca para o indivíduo, que ele não se sinta perdido dentro dela; é preciso que ela não o reduza a uma situação de impotência contemplativa ou a um ativismo cego. Se não, o indivíduo fica impossibilitado de atuar revolucionariamente e se sente alienado na atividade coletiva.


Shellen Galdino, em resposta a um email meio anarco na lista da enesso regional. =) me inspirei ó 

HAHAHAHAHAHA

=)




email: PARA QUE VOTAR NAS ELEIÇÕES DO DASS?



Vemos hoje uma falência nas táticas de luta nos movimentos populares, seja no meio estudantil, sindical, etc. Mas será que essas não aglutinação, apatia, se deve apenas por causa do sistema capitalista que fomenta isso a todos instantes ? Será que isso também não é uma tática de vários movimentos que visam dirigir as massas e colocam aqueles que deviam lutar ombro a ombro como incapazes de fazer a politica que regerá suas vidas.
Mais triste é vemos tais processos se repetirem em em pequenos espaços onde deveriam ser o lugar onde se mostraria que é perfeitamente possível fazermos uma politica de outra forma da qual cotidianamente vemos, uma politica totalmente coerente com o que queremos, baseada nas mais fortes bases que podem haver, a solidariedade, o apoio mutuo, a democracia direta, a ação direta.
Espaços como um D.A deve servir para todos estudantes e não somente para um grupo eleito pela ditadura da maioria, isso não é democracia, democracia se faz diretamente, esse conceito de representatividade é um conceito burgues deturpado do que realmente significa democracia.

O pior é ainda nos encontramos em tal situação como vive o curso de Serviço Social da UFPE, ainda vivendo sob a legitimidade a uma entidade totalmente aparelhada, governista, que usa do aparato policial pra fazer o papel que o estado hoje a demanda-a. 
A tal UNE ( união neoliberal dos estudantes ) que vive sob o comando do mesmo grupo desde sua volta em 1979, ainda na ditadura, é hoje o maior braço dos parlamentares no governo, em nosso caso, municipal, estadual e federal, para implementação de suas politicas, pois se um dia ele foi de luta hoje luta contra os estudantes, onde podemos lembrar as maiores pautas que nos apareceram nos últimos anos como o REUNI e aumento de passagens em varias cidades. No primeiro caso a UNE se colocou junto a policia na desocupação da USP, para citar o maior caso, onde houve confrontos com outros estudantes alí ocupados e no caso da UFPE, fez passeatas contra a ocupação da reitoria e chamou os ocupantes de burgueses que não queria que abrissem vagas paras os pobres, escondendo totalmente o que verdadeiramente é o REUNI.
No segundo caso podemos citar o nosso aqui em Pernambuco, onde em 2005 os estudantes da UNE trabalharam junto a policia indicando aqueles que não agiam ordeiramente, “os baderneiros” , dando um simples OK e falando, esse pode levar, e vários estudantes detidos foram levados pra quarteis e pra matas do exercito, como a perto do shopping Tacaruna, e lá torturados.

Não sitamos aqui que os estudantes presentes na/s chapa/s legitimem diretamente tais atos, mas ao legitimar tal entidade legitima-se suas ações. Não devemos também cair mais uma vez no simples discurso que isso é um problema de direção, pois não o é, deixemos tal discurso para os que se colocam como “esquerda da UNE” , que na verdade tem nomes claros para quem ainda se coloca dentro de uma entidade que dizem ter divergências, oportunismo, peleguismo.




Tais grupos por muitas vezes se colocam como diferentes, que não é a mesma politica vista lá fora dos muros da universidade, ou de um simples centro, se aproveitando por serem pessoas que sempre a vemos nos nossos corredores, que é da mesma sala que nós, etc. Ou seja o discurso do coleguismo, o que faz que muitos votem em tais. O coleguismo é apenas uma trava para o pensamento critico do processo posto e assim ficamos apenas com nossos coleguinhas de curso e seus cartazes, assimilando no máximo seus dizeres, que por vezes são belos, que falam de liberdade, sociedade emancipada, autonomia, ora, isso não passa de palavreados pseudo revolucionários. Para isso avaliemos tais palavras,brevemente.
Como falar de autonomia um grupo que se coloca dentro da UNE, dentro de UM coletivo que também a legitima, o quebrando pedras e plantando flores, nome dado também a ultima gestão, onde vemos já pela sua carta de princípios demandas de um partido, será que foi coincidência ? o mesmo partido que participou das 2 semanas dos movimentos sociais feita por esse grupo, participou do coress, falamos aqui do PCB, será tudo coincidência ?
Autonomia implica diretamente em um não aparelhamento e será que isso não acontece ?
Como assim falarmos de uma sociedade emancipada, se nos mínimos espaços não rumamos para isso ? Uma outra politica que nos levará a outro mundo só será uma politica que seja totalmente coerente com os fins que dizemos tanto querer. Uma sociedade sem classes, só virá se agirmos ombro a ombro com todos que verdadeiramente a deseja, levando nossas lutas pelos caminhos da ação direta, da autogestão, da não burocratização de nossos espaços, isso é o que devemos pautar em todos os campos que vivemos.
Um D.A só será de todos estudantes de fato, se todos poderem dele participar como qualquer outro, isso implica em outra forma de luta, na não legitimação de espaços como o de uma eleição, que não passa de uma falsa legitimação para um grupo.
Não cairemos também no discurso de que o D.A é aberto, venha construir conosco, isso é um discurso que só pode fortalecer a situação, Querer que você trabalhe para outros levarem a fama.
Mais que tudo passamos por um problema Estrutural, não é apenas mudando o grupo na gestão do D.A ou apenas o nome que iremos nos movimentar para algo novo. 
Busquemos pelo novo, já temos pelo Brasil vários diretórios autogeridos onde a abertura já fez trazer vários estudantes para os quadros de uma luta mais legitima. Não vamos cair no discurso daqueles que temem a liberdade, que dizem que autogestão não funciona, olhemos o caso do do diretório de ciências sociais da UFPE, onde agora temos institucionalmente uma autogestão e vemos um grupo que vem puxando vários debates e ações como o caso do professor que assediou uma estudante, copa do mundo, apoio a USP, universidade democrática...
Olhemos para movimentos como o MPL, Movimento pelo passe-livre, movimento autogerido, federalizado, que age pela ação direta, mostrando que tais táticas caminham para o viés de algo mais justo que essa politica, e assim, vemos que isso é perfeitamente possível.

A politica só pode ser feita se for por nossas mãos. 
Ninguém estuda por você
Ninguém Faz politica por você.




O escravo moderno está convencido de que não existe alternativa na organização do mundo atual. Ele se resignou a esta vida porque pensa que não pode haver outra. E é ai mesmo que se encontra a força da dominação presente: entreter a ilusão desse sistema que colonizou toda a face da Terra é o fim da história. Convenceu a classe dominada que adaptar-se a sua ideologia é como adaptar-se ao mundo tal qual se mostra e como sempre foi. Sonhar com outro mundo se tornou um crime criticado unanimemente pelos meios de comunicação e os poderes públicos. O criminoso é na realidade aquele que contribui, consciente ou não, na demência da organização social dominante. Não existe loucura maior que a do sistema atual.

4 comentários :

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segunda-feira, novembro 21, 2011

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Não creio que vivemos numa "falência", mas sim vivemos numa crise organizacional onde as demandas impostas pela contradição e dinâmica capitalista e a própria reestruturação produtiva e acumulação flexível mudou o cenário da organização social, principalmente a sindical e isso impactou nos movimentos sociais, culminando no que hoje algumas teses defendem como crise organizacional dos movimentos sociais, ou seja, um problema de conjuntura e co-relação de forças que não está nada favorável a classe trabalhadora. 

Primeiro, o que é movimento social? o movimento social é expressão das relações sociais objetivas e subjetivas, determinadas pelas relações entre estrutura e superestrutura no movimento real da totalidade concreta de um determinado período histórico e suas manifestações são estruturais e conjunturais.

A culpa não é do "vilão" capitalismo, mas sim de todas as suas expressões, contradições, complexos dos complexos, já disse Luckás. Não sei que "maquiavelismo" ou "teoria do caos" ou sei lá o que é esse bla bla bla de tática de movimentos sociais, Argumento sem nenhum embasamento, se trata apenas de um julgamento moral a meu ver.

Infelizmente, camaradas, as contradições se dão nos aspectos micro, e macros da dinâmica sociais, e DA's, movimento estudantil são profundamente afetados pelo descenso e refluxo da luta de classes, e infelizmente alguns companheiros só criticam e não movem se quer uma palha para mudar algo. Isso sim é triste.

Obviamente devemos caminhar para uma dita "perfeição" na nossa prática militante, mas com a realidade adversa que vivemos, não é fácil. A construção de valores no movimento estudantil, valores humanos, emancipatórios e autonomos são bastantes complicados, pelo próprio perfil que é a academia e seu distanciamento da classe trabalhadora, então não somos uma bolha da perfeição que não é atingindo pela complexidade que é a dinâmica social, e não podemos reduzir isso a um discurso idealista e romântico.

Obviamente o conceito de representatividade é pequeno-burgues, por que a "representação" exclui, direta ou indireta, a participação de outro ser na política. Mas não podemos utilizar a culpabilização de sujeitos na análise, pois assim chegamos até a um retrocesso de análise, eram os positivistas que faziam isso, não? A participação e a militância no movimento estudantil tem importância fundamental para a formação político-ideológica.


Participar do movimento estudantil implica assumir uma certa autonomia, a tomar posição crítica com relação à instituição escolar e seus muitos mecanismos. A primeira fronteira se rompe, portanto, é a da própria sala de aula [...]. E as fronteiras físicas da universidade em que estudamos também se rompem [...]. E as fronteiras que se acabam por romper são também ideológicas – rompem-se cerca de muitos preconceitos pequeno-burgueses – aprende-se assim, já em princípio, que as saídas individuais não são saídas, mas adequações e que elas, em definitivo, não resolvem nem os problemas individuais mais imediatos, dirá os problemas históricos e sociais mais graves. Por isso, rompe-se a fronteira do imediato (ARAÚJO e SOUSA NETO, 2007, p. 258)


Camaradas, de certo a eleição de uma chapa ou outra para DA não é a tão democracia e emancipação política que queremos, que está no nosso HORIZONTE UTÓPICO. devemos COLETIVAMENTE buscar alternativas de abrir a gestão dos DA e CA's, é uma tarefa fácil? Não, não o é. Mas ai vamos juntas e juntos buscar as soluções para os nossos "problemas."

A realidade do curso de Serviço Social da UFPE é uma realidade para muitas universidades públicas, infelizmente a mudança socio-econômica não anda na mesma velocidade da mudança juridica-politica. Mas devemos entender as universidades, instituições, governos, estados e afins como detentoras de relações AMPLIADAS, complexas, e contraditórias, Mais uma vez aqui o dito complexos dos complexos, unidade dos contrários. Isso só uma negação da negação para "resolver". (ignorem o etapismo)


A tal UNE, (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES), entidade histórica e legitima criada a partir da necessidade de organizar as lutas estudantis infelizmente vive um MOMENTO DE CONJUNTURA E CO-RELAÇÃO DE FORÇAS QUE NÃO É AO "NOSSO" FAVOR. Como assim o foi em outros momentos históricos e que a partir da disputa e luta conseguimos reaver, mas que depois também foi tomada por um grupo que hoje vai numa perspectiva ala direita. é um braço do governo? É, em sua maioria. devemos reconquista a UNE, disputá-la, no debate, na conversa, nas propostas, é bem dificil fazer isso tendo em vista os valores capitalistas e pequeno-burgueses empregados pela maioria, como dinheiro, sexo, comida e bebida, e algumas drogas... mas camarada, é uma tarefa para tod@s os estudantes. Pois criar outra entidade ou aboli-las de vez com certeza não solucionará todos os empasses, desafios e dilemas que enfrenta o movimento estudantil de esquerda na atualidade. Não nesse dado momento histórico.

Infelizmente é isso, eles CONSEGUEM DIALOGAR COM A POPULAÇÃO, coisa que a extrema esquerda ou seja lá o que for não consegue fazer. É um desafio que está posto camarada, cabe-nos fazer ALGUMA COISA.

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Como você disse o problema não é de direção, é de conjuntura e co-relação de forças, mas a gestão pode fazer sim uma pequena diferença. Tendo em vista todo o histórico e legitimidade da UNE, Que queiramos ou não, tem respaldo nessa torcida organizada que é a UJS, nas escolas particulares e nos reunistas e prounistas. E eles são também trabalhadores, como eu, você e outros companheiros.

Infelizmente o movimento estudantil tem essas práticas de coleguismo, capismo, e afins, por ter suas particulares estruturais, por ser um movimento ciclico que pouco consegue dar continuidade e coesão. Por ser sim HETEROGENEO , CICLICO E POLICLASSISTAS. Mas são desafios que estão postos para toda a militancia. Cabe-nos combater essas práticas.

O problema é, na minha opinião, julgar alguém de pseudo-revolucionário ou não... cara, a prática nos dirá. Não podemos idealizar um tipo X de militancia. devemos caminhar para tal militancia, que dificilmente se dará sem um processo revolucionário.

O movimento estudantil deve ser autonomo, sim o deve. mas não podemos descartar que as bandeiras a ser defendidas pelo ME as vezes se entrelaçam com bandeiras de partidos, principalmente o MESS por sua maturidade política de sua luta associada a um projeto de sociedade... No mais peço que os compas que respondam tal acusação.

Eu construo o MPL, mas até que ponto existe auto-gestão? Vamos juntos buscar as respostas. Mas, cammarada, não se pode comparar o "incomparavel".

O papel de uma organização na história é interpretar os desafios que as circustancias apresentam e tentar resolvê-los, criando novas circustancias. Vivemos, infelizmente, num tempo de vazio de alternativas, de ideias e iniciativas, que leva cada vez mais a sociedade a bárbarie. No mais temos que nos concentrar nesse momento adverso num processo simples e complexo ao mesmo tempo, o processo de crítica e auto-crítica , de maneira fraterna e construtiva. Não nascemos militantes, nos fazemos militantes e poderemos deixar de ser no momento em que deixarmos de transformar a nós mesmos e a nossa volta (dentro de como podemos) no fazer cotidiano.

Precismaos combater a espontaneidade, elevar o nivel de consciencia da classe trabalhadora e ir além da "luta imediata". 

O indivíduo isolado, normalmente, não pode faze história: suas forças são muito limitadas. Por isso, o problemas da organização capaz de levá-lo a multiplicar suas energias e ganhar eficácia é um problema crucial para todo revolucionário. É preciso que a organização não se torne opaca para o indivíduo, que ele não se sinta perdido dentro dela; é preciso que ela não o reduza a uma situação de impotência contemplativa ou a um ativismo cego. Se não, o indivíduo fica impossibilitado de atuar revolucionariamente e se sente alienado na atividade coletiva.


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Vemos hoje uma falência nas táticas de luta nos movimentos populares, seja no meio estudantil, sindical, etc. Mas será que essas não aglutinação, apatia, se deve apenas por causa do sistema capitalista que fomenta isso a todos instantes ? Será que isso também não é uma tática de vários movimentos que visam dirigir as massas e colocam aqueles que deviam lutar ombro a ombro como incapazes de fazer a politica que regerá suas vidas.
Mais triste é vemos tais processos se repetirem em em pequenos espaços onde deveriam ser o lugar onde se mostraria que é perfeitamente possível fazermos uma politica de outra forma da qual cotidianamente vemos, uma politica totalmente coerente com o que queremos, baseada nas mais fortes bases que podem haver, a solidariedade, o apoio mutuo, a democracia direta, a ação direta.
Espaços como um D.A deve servir para todos estudantes e não somente para um grupo eleito pela ditadura da maioria, isso não é democracia, democracia se faz diretamente, esse conceito de representatividade é um conceito burgues deturpado do que realmente significa democracia.

O pior é ainda nos encontramos em tal situação como vive o curso de Serviço Social da UFPE, ainda vivendo sob a legitimidade a uma entidade totalmente aparelhada, governista, que usa do aparato policial pra fazer o papel que o estado hoje a demanda-a. 
A tal UNE ( união neoliberal dos estudantes ) que vive sob o comando do mesmo grupo desde sua volta em 1979, ainda na ditadura, é hoje o maior braço dos parlamentares no governo, em nosso caso, municipal, estadual e federal, para implementação de suas politicas, pois se um dia ele foi de luta hoje luta contra os estudantes, onde podemos lembrar as maiores pautas que nos apareceram nos últimos anos como o REUNI e aumento de passagens em varias cidades. No primeiro caso a UNE se colocou junto a policia na desocupação da USP, para citar o maior caso, onde houve confrontos com outros estudantes alí ocupados e no caso da UFPE, fez passeatas contra a ocupação da reitoria e chamou os ocupantes de burgueses que não queria que abrissem vagas paras os pobres, escondendo totalmente o que verdadeiramente é o REUNI.
No segundo caso podemos citar o nosso aqui em Pernambuco, onde em 2005 os estudantes da UNE trabalharam junto a policia indicando aqueles que não agiam ordeiramente, “os baderneiros” , dando um simples OK e falando, esse pode levar, e vários estudantes detidos foram levados pra quarteis e pra matas do exercito, como a perto do shopping Tacaruna, e lá torturados.

Não sitamos aqui que os estudantes presentes na/s chapa/s legitimem diretamente tais atos, mas ao legitimar tal entidade legitima-se suas ações. Não devemos também cair mais uma vez no simples discurso que isso é um problema de direção, pois não o é, deixemos tal discurso para os que se colocam como “esquerda da UNE” , que na verdade tem nomes claros para quem ainda se coloca dentro de uma entidade que dizem ter divergências, oportunismo, peleguismo.




Tais grupos por muitas vezes se colocam como diferentes, que não é a mesma politica vista lá fora dos muros da universidade, ou de um simples centro, se aproveitando por serem pessoas que sempre a vemos nos nossos corredores, que é da mesma sala que nós, etc. Ou seja o discurso do coleguismo, o que faz que muitos votem em tais. O coleguismo é apenas uma trava para o pensamento critico do processo posto e assim ficamos apenas com nossos coleguinhas de curso e seus cartazes, assimilando no máximo seus dizeres, que por vezes são belos, que falam de liberdade, sociedade emancipada, autonomia, ora, isso não passa de palavreados pseudo revolucionários. Para isso avaliemos tais palavras,brevemente.
Como falar de autonomia um grupo que se coloca dentro da UNE, dentro de UM coletivo que também a legitima, o quebrando pedras e plantando flores, nome dado também a ultima gestão, onde vemos já pela sua carta de princípios demandas de um partido, será que foi coincidência ? o mesmo partido que participou das 2 semanas dos movimentos sociais feita por esse grupo, participou do coress, falamos aqui do PCB, será tudo coincidência ?
Autonomia implica diretamente em um não aparelhamento e será que isso não acontece ?
Como assim falarmos de uma sociedade emancipada, se nos mínimos espaços não rumamos para isso ? Uma outra politica que nos levará a outro mundo só será uma politica que seja totalmente coerente com os fins que dizemos tanto querer. Uma sociedade sem classes, só virá se agirmos ombro a ombro com todos que verdadeiramente a deseja, levando nossas lutas pelos caminhos da ação direta, da autogestão, da não burocratização de nossos espaços, isso é o que devemos pautar em todos os campos que vivemos.
Um D.A só será de todos estudantes de fato, se todos poderem dele participar como qualquer outro, isso implica em outra forma de luta, na não legitimação de espaços como o de uma eleição, que não passa de uma falsa legitimação para um grupo.
Não cairemos também no discurso de que o D.A é aberto, venha construir conosco, isso é um discurso que só pode fortalecer a situação, Querer que você trabalhe para outros levarem a fama.
Mais que tudo passamos por um problema Estrutural, não é apenas mudando o grupo na gestão do D.A ou apenas o nome que iremos nos movimentar para algo novo. 
Busquemos pelo novo, já temos pelo Brasil vários diretórios autogeridos onde a abertura já fez trazer vários estudantes para os quadros de uma luta mais legitima. Não vamos cair no discurso daqueles que temem a liberdade, que dizem que autogestão não funciona, olhemos o caso do do diretório de ciências sociais da UFPE, onde agora temos institucionalmente uma autogestão e vemos um grupo que vem puxando vários debates e ações como o caso do professor que assediou uma estudante, copa do mundo, apoio a USP, universidade democrática...
Olhemos para movimentos como o MPL, Movimento pelo passe-livre, movimento autogerido, federalizado, que age pela ação direta, mostrando que tais táticas caminham para o viés de algo mais justo que essa politica, e assim, vemos que isso é perfeitamente possível.

A politica só pode ser feita se for por nossas mãos. 
Ninguém estuda por você
Ninguém Faz politica por você.




O escravo moderno está convencido de que não existe alternativa na organização do mundo atual. Ele se resignou a esta vida porque pensa que não pode haver outra. E é ai mesmo que se encontra a força da dominação presente: entreter a ilusão desse sistema que colonizou toda a face da Terra é o fim da história. Convenceu a classe dominada que adaptar-se a sua ideologia é como adaptar-se ao mundo tal qual se mostra e como sempre foi. Sonhar com outro mundo se tornou um crime criticado unanimemente pelos meios de comunicação e os poderes públicos. O criminoso é na realidade aquele que contribui, consciente ou não, na demência da organização social dominante. Não existe loucura maior que a do sistema atual.

4 comentários :

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