ABORTO, CALÚNIA E HIPOCRISIA
Carta Maior considera a questão do aborto uma esfera de decisão íntima e soberana de cada mulher e dos casais. Cumpre ao Estado prover a dimensão pública cabível oferecendo condições de atendimento clínico dignas e adequadas para que em cada caso, e de acordo com as circunstancias e convicções espiritais de cada um, tome-se a decisão mais equilibrada e segura. Ao reportar um relato --não contestado até agora oficialmente-- do Correio do Brasil, que registra uma interrupção de gravidez feita em 1992 por Monica Serra, dublê de Regina Duarte nesta campanha com a frase "Dilma é a favor de matar as criancinhas", Carta Maior não discute o tema em si. Apenas expõe o grau de hipocrisia e o farisaísmo de uma parte da elite deste país que, antes, durante e depois dos períodos eleitorais, arvora-se em sentinela de direitos e valores regularmente violados em sua rotina pública e privada. Neste e em outros casos demarcadores da rastejante campanha eleitoral em curso, embala-a uma certeza esférica: a da existência de duas classes imiscíveis de brasileiros; aqueles nascidos para mandar e manipular impunemente e os que foram feitos para obedecer sem discutir. Das vozes dissonantes cuidam os veículos do dispositivo midiático dessa mesma elite, em arrastão permanente contra o discernimento democrático.(Carta Maior; 15-10)
ABORTO, CALÚNIA E HIPOCRISIA
Carta Maior considera a questão do aborto uma esfera de decisão íntima e soberana de cada mulher e dos casais. Cumpre ao Estado prover a dimensão pública cabível oferecendo condições de atendimento clínico dignas e adequadas para que em cada caso, e de acordo com as circunstancias e convicções espiritais de cada um, tome-se a decisão mais equilibrada e segura. Ao reportar um relato --não contestado até agora oficialmente-- do Correio do Brasil, que registra uma interrupção de gravidez feita em 1992 por Monica Serra, dublê de Regina Duarte nesta campanha com a frase "Dilma é a favor de matar as criancinhas", Carta Maior não discute o tema em si. Apenas expõe o grau de hipocrisia e o farisaísmo de uma parte da elite deste país que, antes, durante e depois dos períodos eleitorais, arvora-se em sentinela de direitos e valores regularmente violados em sua rotina pública e privada. Neste e em outros casos demarcadores da rastejante campanha eleitoral em curso, embala-a uma certeza esférica: a da existência de duas classes imiscíveis de brasileiros; aqueles nascidos para mandar e manipular impunemente e os que foram feitos para obedecer sem discutir. Das vozes dissonantes cuidam os veículos do dispositivo midiático dessa mesma elite, em arrastão permanente contra o discernimento democrático.(Carta Maior; 15-10)
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